“Considerado por alguns
historiadores um escultor realista, por outros simbolistas, e por outros
impressionistas”, Rodin, foi acima de tudo, um escultor ímpar, o maior génio do
século XIX.
Dos artistas do passado, a sua veneração
foi para Miguel Ângelo e, tal como ele, nutriu um grande amor pela
representação da figura humana. Foi de Miguel Ângelo que extraiu a forma
inacabada, tal como a tinha observado nos “escravos” do grande escultor
renascentista.
Escultor de mérito foi
sobretudo um excelente modelador, onde se relevou de uma inteira liberdade.
Como escultor, contrapôs as formas lisas, polidas e aveludadas dos corpos, de
delicadas superfícies e doces contornos, ao bloco de pedra, rugoso, inacabado e
em bruto de onde saíram, pode-se ver isso no “Beijo”. As suas peças modeladas
não são lisas nem polidas, estão cheias de superfícies reentrantes e salientes,
concavas e convexas que absorvem e reflectem a luminosidade, criando uma ilusão
de força, de dinamismo e de vitalidade.
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